A candidatura
de Francisco Moita Flores, em Oeiras, parece incomodar muita gente. Entre troca
de galhardetes nos jornais e cartazes vandalizados é caso para perguntar: Quem
tem medo do Francisco? Será ele o lobo mau, contra qual os seus opositores,
tais cordeirinhos imaculados, tanto alertam? Encabeçará Moita Flores alguma
pérfida conspiração, cujo objectivo final será tomar o poder em Oeiras,
enganando os seus munícipes, contra tudo e contra todos? “É o candidato do
Governo, vem a mando do Passos Coelho” dizem uns. “É um falso independente”
alertam outros. “Ele não assume as suas origens e ligações” gritam alguns em
bicos de pés, chamando ainda para o facto de até os cartazes da Nova Ambição
não serem regidos pela “norma” eleitoral em que o candidato deve aparecer com o
seu ar bonacheirão e sorriso de orelha a orelha.
Vejamos,
então, que figura é esta, retratada qual hidra conspiradora pelos seus
opositores. É usual dizer-se em política que não há nada como atacar o homem em
vez das ideias. Quando se quer derrubar um regime nada melhor que atacar
veementemente a figura-chave desse regime e nesta perspectiva nada melhor que
atacar o homem por trás do cargo que ele ocupa. Francisco Moita Flores, surge
assim, como a corporização de todos os males pela simples razão que ele é, no
momento, o candidato que reúne o maior apoio da população. Uma das principais
críticas que lhe apontam é a sua falsa independência. Os seus opositores rebatem exaltados: “Esse senhor
não é independente coisa nenhuma, é do PSD”. Eu diria mais, é apoiado pelo PSD
concerteza, mas ainda mais, é apoiado
pelo Partido Popular Monárquico e pelo Movimento do Partido da Terra. E
pasmem-se, até por figuras do Partido Socialista e tantas outras que não estão
directamente vinculadas à política nacional.
O que estes arautos da desgraça não
compreendem é que Francisco Moita Flores é alguém que reúne apoios de todos os
quadrantes, é suprapartidário, está acima de partidos, não é limitado por
directivas particulares ou quadrantes específicos da sociedade, ideologias ou
crenças. Ao reunir consensos, ao representar pessoas aparentemente tão
diferentes como republicanos e monárquicos, Moita Flores assume-se com a força
da união. E isto é algo que impõe respeito, é algo que amedronta.
Voltamos então
à pergunta inicial: Quem tem medo do Francisco? Aqueles que através das suas
próprias limitações não conseguem conceber que o supremo acto da democracia não
é representar uma parte, mas o todo – respondo eu.
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