quarta-feira, 29 de maio de 2013

Quem tem medo do Francisco?

A candidatura de Francisco Moita Flores, em Oeiras, parece incomodar muita gente. Entre troca de galhardetes nos jornais e cartazes vandalizados é caso para perguntar: Quem tem medo do Francisco? Será ele o lobo mau, contra qual os seus opositores, tais cordeirinhos imaculados, tanto alertam? Encabeçará Moita Flores alguma pérfida conspiração, cujo objectivo final será tomar o poder em Oeiras, enganando os seus munícipes, contra tudo e contra todos? “É o candidato do Governo, vem a mando do Passos Coelho” dizem uns. “É um falso independente” alertam outros. “Ele não assume as suas origens e ligações” gritam alguns em bicos de pés, chamando ainda para o facto de até os cartazes da Nova Ambição não serem regidos pela “norma” eleitoral em que o candidato deve aparecer com o seu ar bonacheirão e sorriso de orelha a orelha.
Vejamos, então, que figura é esta, retratada qual hidra conspiradora pelos seus opositores. É usual dizer-se em política que não há nada como atacar o homem em vez das ideias. Quando se quer derrubar um regime nada melhor que atacar veementemente a figura-chave desse regime e nesta perspectiva nada melhor que atacar o homem por trás do cargo que ele ocupa. Francisco Moita Flores, surge assim, como a corporização de todos os males pela simples razão que ele é, no momento, o candidato que reúne o maior apoio da população. Uma das principais críticas que lhe apontam é a sua falsa independência. Os seus  opositores rebatem exaltados: “Esse senhor não é independente coisa nenhuma, é do PSD”. Eu diria mais, é apoiado pelo PSD concerteza, mas ainda mais,  é apoiado pelo Partido Popular Monárquico e pelo Movimento do Partido da Terra. E pasmem-se, até por figuras do Partido Socialista e tantas outras que não estão directamente vinculadas à política nacional.
 O que estes arautos da desgraça não compreendem é que Francisco Moita Flores é alguém que reúne apoios de todos os quadrantes, é suprapartidário, está acima de partidos, não é limitado por directivas particulares ou quadrantes específicos da sociedade, ideologias ou crenças. Ao reunir consensos, ao representar pessoas aparentemente tão diferentes como republicanos e monárquicos, Moita Flores assume-se com a força da união. E isto é algo que impõe respeito, é algo que amedronta.
Voltamos então à pergunta inicial: Quem tem medo do Francisco? Aqueles que através das suas próprias limitações não conseguem conceber que o supremo acto da democracia não é representar uma parte, mas o todo – respondo eu.

 Valdemar Almeida

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